quinta-feira, 3 de maio de 2018

Justiça confirma que PM mentiu ao dizer que foi coagido pelo secretário Jefferson Portela



Luiz Régis Bonfim Filho, juiz da 1ª Vara da Justiça Federal em São Luís, afirmou nesta quarta-feira (02) que o soldado Fernando Paiva Moraes Júnior cometeu ato atentatório à dignidade da Justiça.
O policial militar mentiu em depoimento no qual disse que foi coagido pelo secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, a fazer delação premiada e envolver em irregularidades o deputado estadual Raimundo Cutrim (PCdoB).
Paiva Júnior está preso desde fevereiro, alvo de operação que mira contrabando de armas, cigarros e bebidas. Na denúncia mentirosa que fez à Justiça, o PM afirmou que o secretário Jeferson Portela teria tentado o induzir a mentir em colaboração com as autoridades em reunião no Ministério Público Federal, sem a presença de seus advogados.
Na decisão sobre este caso, o juiz determinou a aplicação de uma multa ao PM Fernando Paiva Moraes Júnior, no valor de R$ 9.540,00.
Também em razão cometimento de ato atentatório à dignidade da Justiça, o juiz federal determinou que seja expedido ofício à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MA) para apurar, neste caso, a responsabilidade disciplinar dos advogados Leonardo Guilherme Quirino Pinto da Silva Torres e Paulo Renato Fonseca Ferreira.
Paiva Júnior foi preso em flagrante por contrabando e já denunciado pelo Ministério Público Federal por participação de organização criminosa.
De acordo com nota da Secretaria de Segurança Pública, o secretário Jefferson Portela nunca participou das conversas sobre possível delação premiada, que se deram em acordo firmado na sede do Ministério Público Federal.
O próprio MPF, desmentindo as calúnias ditas pelo acusado em juízo, veio a público esclarecer que participaram da reunião quatro procuradores federais, um defensor público da União e um delegado da Polícia Federal.
O Ministério Público também afirmou que foi decisão do próprio soldado Fernando Paiva Moraes Junior desconstituir seus advogados naquela tarde e requerer o apoio da Defensoria Pública.
Para Jefferson Portela as acusações feitas pelo policial militar e pelo seu advogado visaram tão somente conturbar as investigações.
 do Blog Marrapá 

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