segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Investigação do Fantástico Chega a Itapecuru-Mirim


Neste domingo (9), o Fantástico exibiu, no quadro "Cadê o dinheiro que estava aqui?", mais uma denúncia de desvio de recursos públicos no Maranhão. O repórter Eduardo Faustini revelou o desvio de pelo menos R$ 9 milhões de reais envolvendo pelo menos quatro empresas que eram só de fachada.

O Ministério Público avançou nas investigações. "A investigação já aponta também para outros municípios", disse Marco Aurélio Rodrigues, promotor de Justiça. Os promotores montaram o esquema do que seria um grupo criminoso organizado para fraudar licitações em pelo menos 21 municípios maranhenses. E apareceu uma quinta empresa nas negociatas. Empresa FCP Produções e Eventos fechou R$ 22,5 milhões com prefeituras nos últimos 10 anos. Com isso, o esquema de desvio agora passa dos R$ 31 milhões.

Nesta semana, o repórter Alex Barbosa foi até o endereço da empresa FCP, em Itapecuru-Mirim. Veja o que ele encontrou:

Alex Barbosa - Mas fica sempre fechada assim?
Moradora - Sim.
Alex Barbosa - Nunca abre, não funciona nada ali?
Moradora - Não, não, não.
Alex Barbosa - A senhora mora quanto tempo aqui?
Moradora - Eu moro há 40 anos.

Segundo as investigações, um dos líderes do grupo criminoso é o mesmo Fabiano Bezerra que você viu na reportagem do domingo passado. Ele também estaria por trás da empresa FCP Produções e Eventos.

Entenda
No ano passado, quatro empresas contratadas pela prefeitura de Anajatuba receberam juntas R$ 9 milhões, mas esse dinheiro da prefeitura foi desviado e quem descobriu o crime foi o vice-prefeito Sidney Pereira. O vice-prefeito checou documentos, descobriu que houve desvio de dinheiro e fez a denúncia à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público (MP).

“Se trata de milhões. Milhões que deveriam estar sendo usados no município de forma mais justa junto com aquelas pessoas que realmente precisam”, disse Sidney Pereira.

Das quatro empresas contratadas pela prefeitura de Anajatuba, a que levou mais dinheiro se chama A4. Em 2013, a A4 fechou um contrato de R$ 6,5 milhões para alugar carros e máquinas. As empresas funcionam apenas de fachada, o que foi mostrado pelo Fantástico.


G1/Globo.com

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