sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A Dança das Cadeiras?


Por: Anaximandro Cavalcanti – Psicólogo

Desde quando mudança na forma de governo implica na troca de secretarias e diretorias?  2013 foi um ano de reais mudanças, se mudou o diretor da CAEMA, da POLÍCIA e do CIRETRAN da SAÚDE, EDUCAÇÂO e até lá em Brasília se ressuou o timbre da exoneração. Em geral, todos que ocupam, ocuparam ou virão a ocupar pastas de governos estaduais ou municipais são políticos ou apadrinhados deles. Não conhecem os problemas dessas instituições e não dominam a administração do órgão, nem têm coragem ou autonomia de adotar atitudes que vão desprestigiar seus chefes políticos, pois estes preferem simpatia à eficiência.

No jogo da dança das cadeiras, isso vira uma bagunça, veículos transitam livremente sem placas, condutores sem carteira, criminosos e assaltantes agem à luz do dia em numero cada vez maior, enquanto os serviços prestados pelas CAEMA E CEMAR são uma verdadeira afronta aos direitos mínimos do cidadão, já garantidos na antiga Roma, que distribuía água limpa e corrente para seus cidadãos DE GRAÇA. Vemos a direção de hospitais e escolas entregues a pessoas não capacitadas para tais funções, ótimas e excelentes profissionais em suas áreas de conhecimento, mas que são colocadas em setores fora de sua área de atuação. Qual técnico de futebol escalaria MESSI e o colocaria para ser goleiro em uma partida?

Essa forma de nomear, não visando a competência e sim o favor tem origem política, mas a bagunça só tem uma causa: incompetência. Incompetência da sociedade que pensa que o bom gestor é aquele que não cobra uma atuação mais rígida do CIETRAN, que consegue cargos para seus aliados em Instituições Estaduais mostrando força e prestigio no governo.

Mas, na maioria das vezes esse novo diretor não tem competência para administrar tal instituição e acaba prestando um desserviço à população.

Incompetência do gestor(a) que alimenta essa deficiência intelectual de seu eleitor, que prefere deixar a coisa como estar a correr o risco de desagradar aqueles que vivem na clandestinidade fazendo a coisa certa. Incompetência pensar que todos os motociclistas, ou a grande maioria deles não têm carteira de habilitação e que desaprovam as blitz.


Enquanto nossos governantes continuam no jogo das cadeiras, uma luta de ego inflado para mostrar que tem mais poder, nossa sociedade mergulha no mar de desgraça, o barco da educação é tocado por um agricultor, e o paquete da saúde é manobrado por um cabeleireiro.

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