sábado, 7 de dezembro de 2013

Câmara Itinerante Debate Problemas da Comunidade das Mil Casas

Início dos Trabalhos da Câmara Itinerante 

A primeira edição da Câmara Itinerante, que aconteceu na noite desta sexta-feira (06), na Unidade Integrada Coronel Joaquim Nunes, foi marcada pela participação da comunidade do Residencial José de Souza Almeida e pelo relato de uma série de dificuldades dos moradores que fizeram reivindicações a diferentes órgãos governamentais e prestadores de serviços.

Apesar de a mesa diretora da Câmara haver convidado oficialmente a todos os 15 vereadores, somente o presidente Nonato Baleco (PDT), Eduardo Sá (PRTB), Missicley Araújo (PR) e Eduardo Braga (PT) compareceram ao evento. Após a abertura dos trabalhos pelo presidente Baleco e das falas dos vereadores presentes, a palavra foi franqueada à comunidade do Bairro.

Problemas Mil 
Com vários problemas de infraestrutura e serviços públicos precários ou inexistentes, moradores das Mil Casas relataram dificuldades no fornecimento de energia elétrica e iluminação pública; falta de transporte público e precariedade do ônibus que leva as crianças à escola; inexistência de agente comunitário de saúde na área e unidade básica da família; péssima qualidade da água fornecida e deficiências na infraestrutura como duplicação da avenida de acesso que foi iniciada e paralisada, falta de área de lazer e mercado público.

Luz e Iluminação
Os moradores relataram que a Companhia Energética do Maranhão CEMAR tem tratado os usuários do Bairro de forma humilhante. “Não bastasse a compra de postes, um para cada dois consumidores, onde cada um paga o equivalente a R$ 8,06 em cada conta mensal, tem as altas contas que estão sendo cobradas”, disse a moradora Maurilene da Conceição.

Ainda de acordo com moradores, nas Mil Casas há freqüente quedas de fase, a iluminação pública é deficiente dentro do conjunto e inexistente na avenida de acesso.

Moradora Maria Arcângela Gomes Falando Aos Vereadores 

Educação e Transporte Escolar
“Queremos informar aos senhores vereadores que temos mais de 130 crianças que vão para a Escola CAIC, ali no Bairro Areal e diariamente estas mesmas crianças são transportadas por um ônibus velho, daqueles que não se usa mais no meio urbano, as vezes levam e trazem todos em uma única lotação, quando acontece algum defeito – o que é comum – as crianças voltam a pé”, relatou Maria Arcângela.

“O ônibus é muito deformado em sua lataria, no interior do veículo encontramos buracos, cadeiras quebradas, não têm apoios internos e já encontramos crianças com hematomas e roupas rasgadas por quedas sofridas dentro do ônibus”, completou a moradora pedindo ajuda aos vereadores e reivindicando a construção de escola dentro do Bairro para evitar o deslocamento das crianças.

Ônibus Precário Alvo de Reclamação da Comunidade, Fotografado Após 3 Dias no Prego da Avenida Ataliba   

Água de Péssima Qualidade
Escolhido pela comunidade para falar sobre o problema da água, o morador Francivaldo Ribeiro, relatou que foram construídos três poços artesianos e que há água em abundancia só que não serve para atender a necessidades básicas. “Continuamos a buscar água para beber e cozinhar em baldes junto aos poços dentro e fora deste conjunto, com distâncias que as vezes chegam a mais de 2 quilômetros, pois a água das torneiras continua salinizada”, denunciou Francivaldo.

Apoio à Câmara Itinerante
Após expor os problemas de infraestrutura como falta de segurança, áreas de lazer e feira-livre, o morador Horácio Chagas lembrou que o ex-vereador Antonio Alves (já falecido) tentou implantar a tribuna livre, mas foi impedido pela presidência da câmara e vereadores da época e manifestou apoio ao Projeto da Itinerância do Parlamento e demonstrou satisfação com o que considerou um novo momento da Câmara Municipal de Chapadinha.

“Queria agradecer a câmara na pessoa do presidente, por este evento muito importante para nós. Lamento que aqui não esteja todo o povo do conjunto para ajudar nas reivindicações e para ver quem são os vereadores que a gente vota na época, que as vezes não vêem aqui porque não querem ouvir o povo. Se fosse para pedir votos tavam todos aqui, mas como é para ouvir os problemas do povo, aqui não pisam”, finalizou o morador.

Ao Lado do Povo

Ao encerrar a Sessão da Câmara municipal os vereadores presentes foram unânimes em alertar para as limitações da bancada de quatro parlamentares, disseram que de imediato irão questionar o contrato com o ônibus precário, que pretendem sensibilizar os demais parlamentares a entrarem na luta pela comunidade do Residencial e que proporão uma audiência que inclua prefeitura, CEMAR, CAEMA, Caixa Econômica e Construtora Amorim Coutinho em busca de solução para os problemas. 

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