quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A Pedagogia do “Balança Mas Não Cai”


Apesar das tentativas de desqualificação, a matéria do blog sobre o local da Jornada Pedagógica só foi reforçada pela defesa do governo.

Ao invés de apresentar laudos de vistoria, alvará do corpo de bombeiros ou atestado de engenheiro garantindo a segurança do local a prefeitura, como veremos abaixo – talvez por não haver  outro recurso – apelou para explicações digamos... heterodoxas.  

Francisco Falou, Tá Falado!
Um senhor chamado Francisco Silva disse – em texto no blog do Enedilson – ter observado “em alguns blogs que se propagou muito catastrofismo ao se sugerir que o ginásio poderia desabar a qualquer momento! Meu Deus quanto pessimismo! Uma obra que está de pé a mais de 15 anos e não desabou completamente iria desabar só porque o evento é patrocinado pelo governo da BELEZINHA? Ah! Me poupem! Isso é absurdo!”, disse ele.

Agora digo eu: o Francisco tem todo direito ser otimista de achar que um prédio cai, só cai ou deixar de cair por conta de quem patrocina o evento.  Eu não entro nessa! Lamentando ver o “elefante branco” no chão em anos anteriores ou futuros à realização da jornada, ninguém pode retirar a legitimidade de exigir garantias para centenas de pessoas que poderiam participar do evento em local testado, avaliado e definitivamente seguro, como há vários na cidade e não era o caso do ginásio.

Vejam o que o Francisco diz em seguida: “é verdade que o lado do palco tem paredes caídas e o lado da frente tem os bloquetes que também caíram, no entanto, não é preciso ser engenheiro para ver que as partes que apresentavam maior perigo, já caíram há muito tempo, portanto, o que tinha de cair já caiu. Agora ela (Belezinha) certamente vai mandar levantar o que falta”, arrematou.

É isso ai... Engenheiro pra que mesmo? Esqueçam vistorias e laudos técnicos. Podem botar a moçada pra jogar lá. O Francisco Silva liberou, tá liberado!

Gestões Passadas, Mancada Presente
Até o Francejane acabou reconhecendo a precariedade do local escolhido para o evento no discurso de abertura da Jornada Pedagógica. Apesar de admitir a falta de condições do prédio, o secretário ainda tentou encontrar algum argumento pedagógico para a escolha temerária: "olhem esse Ginásio que é um retrato do abandono e do desperdício do dinheiro público vivido em gestões passadas”, disse, esquecendo que o líder Isaías Fortes está entre os ex-gestores que permitiram, por mais de 20 anos, o abandono do Ginásio.

“A visão administrativa e o compromisso que Ducilene Belezinha não permitirá mais desperdícios do dinheiro público. Ducilene irá trabalhar para que em breve esse ginásio seja reformado e finalmente entregue a população Chapadinhense”, finalizou o secretário Francejane Magalhães, taxativo quanto à necessidade de reparos no imóvel.

Não Caiu...
Num momento de clamor nacional como este, enquanto a secretaria de educação de Chapadinha insiste que não se precisa ter certeza da segurança de um local em que coloca centenas de pessoas, só resta – pra encerar (de minha parte) o episódio – considerar que a avaliação do bom senso e da credibilidade do comando da SEMED, ficou como o velho ginásio: não desmoronou... mas que balançou, balançou!  

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