quinta-feira, 5 de abril de 2012

Páscoa Com Jesus



Por: Almir Moreira – Advogado
Na semana rememorativa da ressurreição, ponto central da doutrina cristã, não se esqueçam, meus caros,  Jesus deixou bem claro (Mateus, 16:27): a cada um será dado segundo as suas obras,  e São Paulo confirma (Gálatas, 6:7): Deus não se deixa escarnecer, pois tudo o que o homem semear, isso também colherá. Com efeito, a fé pura e seca no sacrifício salvívico, alheado de um dos maiores mandamentos, “amar ao próximo como a si mesmo”, é mera formalidade hipócrita. Semelhantes às formalidades da Lei praticadas por Fariseus e Saduceus, tantas vezes combatidos pelo Cristo.

A fé sem as obras é cega, esta não é afirmação minha, esta é afirmação dos evangelhos, esta é a lógica da vida, esta é a lógica da justiça de Deus, se lembrem, amigos, todos responderão pelos seus atos até "o último ceitil" (Mateus 5: 25-26).

Não dá pra amar a Deus acima de todas as coisas se não amar ao próximo como a si mesmo, afinal, fomos criados a sua imagem e semelhança.  A graça do Criador dada ao homem só se completa pela própria atitude do homem, no amalgama fé\obras. Não fosse assim, o desprovido de informações acerca do Salvador, porém, praticante do bem, queimaria eternamente no fogo do inferno? E os milhões que pereceram antes do Salvador, ou sob julgo da Lei ou sem ela? Certo! Todos pecaram e são merecedores do perdão; mas o perdão se materializa na prática do bem, e esta é uma moral natural, eterna e universal, da qual o Cristo eterno e criador de tudo sabe desde os princípios e, que, na sua vinda só fez revelá-la na sua plenitude. Por isso disse: conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. E a verdade não é outra senão o entendimento de que o amor a Deus é o amor ao homem.

A mensagem do Cristo relembrada na páscoa não derrogou a Lei Judaica, nem a lei natural do universo, como ele mesmo disse, veio para cumprir. Sua dor só tem sentido se compreendermos que a dor do próximo é nossa também.

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