domingo, 28 de fevereiro de 2010

Datafolha: Serra Cai e Dilma Encosta

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff cresceu e está a cinco pontos percentuais de José Serra (PSDB). A constatação é do Datafolha, segundo pesquisa publicada neste domingo pelo jornal Folha de S. Paulo. De acordo com o levantamento, Serra tem 32% das intenções de voto, contra 28% atribuídos a Dilma Rousseff, enquanto o deputado federal Ciro Gomes (PSB), em terceiro, soma 12%. A senadora acreana Marina Silva (PV) tem 8%. Na pesquisa anterior do Datafolha, em dezembro, Serra somava 37%, Dilma 23%, Ciro 13% e Marina 8%.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Marcos Lobo: o plano B de Magno Bacelar

Mesmo confiante quanto ao resultado do recurso que lhe restabelecerá plenas condições para disputar as próximas eleições, o ex-prefeito Magno Bacelar não perde tempo e trabalha para oferecer ao grupo uma alternativa viável.

Numa conversa informal entre Magno, a prefeita Danúbia Carneiro e o Procurador Geral Marcos Lobo, presenciada por este jornalista, o ex-prefeito convidou Marcos Lobo para, na remota possibilidade de seu impedimento, assumir a candidatura a deputado estadual.

Deixando claro que acredita no sucesso das medidas jurídicas em favor de Magno, Marcos Lobo disse que aceita o desafio e autorizou Bacelar e Danúbia a conversarem com as bases sobre a indicação.

Marcos é filiado ao mesmo PV de Magno e Sarney Filho, é chapadinhense, correligionário de Magno desde 1998, possui grande prestígio com a governadora Roseana e conta com o entusiasmo do presidente Sarney para disputar o mandato.

Sentenças e Sentenças


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Magno Recorre Contra Dupla Filiação

Uma sentença da juíza eleitoral Andréa Furtado Lago colocou o ex-prefeito e ex-deputado Magno Bacelar inelegível por dupla filiação. Quando alguém deseja mudar de partido deve comunicar o fato à Zona Eleitoral dentro de determinado prazo. No caso de Magno Bacelar um erro formal da burocracia dos dois partidos, o anterior (DEM) e o atual (PV), alheio à sua vontade acabou por provocar a situação.

O advogado Enéas Garcia Fernandes Neto, que representa Bacelar, interpôs recurso contra a decisão judicial. Em linhas gerais a defesa de Magno ressalta que o único fundamento utilizado na sentença para determinar o cancelamento das filiações partidárias foi a de que o ex-prefeito comunicou sua mudança de partido fora do tempo hábil.

Para os advogados do ex-prefeito há tempos a jurisprudência do TSE vem afastando a interpretação literal (quando o único critério é a letra fria da lei, dissociada das tendências mais modernas de interpretação) em casos assim. Cita, entre vários, "o precedente a partir do voto proferido pelo Min. Gilmar Mendes (AgRgREspe nº 22.132/TO) quando o Tribunal Eleitoral passou a afastar a aplicação literal da norma posta no art. 22, parágrafo único, da Lei n. 9.096/95 que impõe ao filiado o dever de comunicar sua nova filiação partidária ao Partido e ao Juiz Eleitoral no dia imediato ao da nova filiação".

Além da tese que combate a interpretação literal do parágrafo único do artigo 22, da Lei n.º 9.096, os advogados juntam documentos que a lista de filiados do DEM encaminhada à Justiça Eleitoral em 13.10.2009 (protocolo n.º 35.467/2009), o nome de Magno Bacelar não constava. Já a lista de filiados do PV encaminhada, também, no dia 13.10.2009 (protocolo n.º 38.825/2009), já constava Magno como regularmente filiado junto ao Tribunal Superior Eleitoral.

O recurso com seus fundamentos devem entrar na pauta do Tribunal Regional Eleitoral nos próximos dias.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Mudança na Ciretran de Chapadinha

Informações ainda não confirmadas oficialmente sugerem mudança na 6ª Ciretran de Chapadinha. Sai Teresa Gomes, que ocupou o cargo interinamente e entra Lindiberg Pessoa. Teresa contava com o apoio de Magno Bacelar e Danúbia Carneiro. Já o provável novo diretor é irmão do ex-deputado Wagner Pessoa que agora é apadrinhado do secretário Chiquinho Escórcio.
Foto: Souza Neto

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Servidores Paralisam e Prefeitura Questiona Legalidade da Greve


Os Servidores Públicos Municipais em Assembléia Geral ocorrida na sexta-feira (19/02) decidiram por manifestações na sede da prefeitura e pela paralisação das atividades. O motivo alegado foi a ausência de esclarecimentos por parte da administração quanto ao não pagamento do abono salarial dos professores referente ao ano de 2009.

A imprensa da capital chegou a noticiar que os protestos ocorriam por causa de salários atrasados.

A Prefeita de Chapadinha acaba de se pronunciar a respeito da manifestação. Antes, reitera a informação de que em Chapadinha não ocorre atrasos em pagamentos de salários desde dezembro de 2000 - início da primeira gestão de Magno Bacelar. A gestora afirma ainda que desde esse período os servidores recebem seus vencimentos rigorosamente até o dia 20 de cada mês, 10 dias antes do encerramento do mês, o que caracteriza adiantamento.

Sobre o abono, a prefeitura por meio de seu Consultor Contábil, Glinoel Garreto, esclarece que a Lei do FUNDEB (Nº 11.494), determina que: “Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais totais dos Fundos serão destinados ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da educação básica”. Ainda de acordo com Glinoel, só deve existir o pagamento de abono nos municípios que não consigam cumprir esta determinação legal durante o exercício.

Dados divulgados pela Secretaria de Educação do Município revelam que o Município de Chapadinha, no exercício de 2009, aplicou 72,37% com profissionais do magistério, ou seja, 12,37% superior ao exigido pela legislação em vigor. “Com base nestes índices, não há porque se falar em abono” declarou Glinoel Garreto.

Numa tentativa de sensibilizar os professores e evitar os transtornos de uma paralisação do ano letivo a prefeitura ressalta que, em setembro de 2009 implantou o novo plano de cargos e salários dos profissionais do magistério com piso salarial de R$ 532,00 para jornada semanal de 20 horas e R$ 1.024,67 para jornada semanal de 40 horas, superiores ao piso nacional de R$ 475,00 – 20h e R$ 950,00 – 40h, respectivamente.

Ouvida pelo Blog a prefeita Danúbia disse que tem se reunido constantemente com a direção do Sindicato e por isso estranha os protestos e ainda mais a paralisação. Para a prefeita como não existe obrigação legal de pegar abono e qualquer gratificação extra e não amparada em lei provocaria dificuldades para a manutenção do pagamento de todos os servidores em dia, ela não vê outra saída a não ser pedir a ilegalidade do movimento paredista e colocar faltas nos que deixarem de comparecer em sala de aula.

- Tenho um carinho enorme pelos professores, mas tenho a responsabilidade para com os demais servidores e, principalmente, com as crianças que não posso deixar prejudicadas pela incompreensão de alguns ou manobras políticas de outros – finalizou Danúbia, indicando que caso o movimento continue irá buscar os mecanismos judiciais.

Em tempo: nas próximas horas trago novas informações o caso da dupla filiação de ex-prefeito e ex-deputado Magno Bacelar. Aguardem!

Foto: Sindicato dos Servidores

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A Guerra das Bandas e a Fogueira das Vaidades



Assim como no post abaixo, outro acontecimento nos bastidores do carnaval acabou ganhando as ruas de forma distorcida. Uma briga entre as bandas do palco e dos trios ou um suposto boicote de Magno e Danúbia contra o bloco Agitos-Cangaias.

Vamos aos fatos:

Um acordo entre a comissão organizadora e a direção dos blocos estabeleceu o limite de uma hora para a apresentação destes no corredor da Praça Irineu Galvão. Assim foi nos três primeiros dias. O intervalo foi colocado à disposição dos blocos, mas, atrasos acabaram por inviabilizar a utilização de todo o espaço, principalmente porque a alternância na seqüência da passagem dos blocos fazia com que o último a se apresentar excedesse o limite das 3h da manhã.

No último dia a ordem foi invertida em comum acordo. O BCC que deveria ser o segundo bloco a desfilar foi o primeiro a chegar à avenida, tendo sido secundado pelo bloco Agitos-Cangaia que, pelo sorteio abriria o desfile.

A banda que se apresentava no palco, Colo de Menina, agradou muito ao público presente, sendo, aliás, na opinião de muitos, a melhor de todas as noites de carnaval na praça. Houve, inclusive, pedidos para que a interrupção do som da banda para a passagem dos blocos fosse diminuída. Tanto a comissão organizadora, quanto a Prefeita Danúbia e Secretário Magno ficaram com receio de que a potência sonora dos trios – muito inferior a do palco – não chegasse a todas as pessoas que lotavam a praça.

No momento em que o BCC entrou na Praça e a diferença de volume favorável ao palco ficou patente. Foi então que a prefeita decidiu estabelecer 10 minutos de apresentação para os blocos antes do retorno à sonorização oficial. Surpreendido com a decisão, ainda que sob protesto, Moraes do BCC resolveu cumprir o determinado e retirou o trio.

Quando o bloco Agitos chegou à praça, uma série de erros aconteceu. Primeiro demorou-se a desligar o som do palco gerando um acirramento de ânimos entre as bandas do trio e do palco. Quando a prefeita foi advertida do erro tratou de dispensar ao Agitos o mesmo tratamento dado ao BCC. Ocorreu que, neste momento, a banda Colo de Menina declarou que estava dando sua apresentação por encerrada, desligou o som e fechou as cortinas.

O Bloco Agitos decidiu antecipar a saída deixando a multidão sem som algum. Foi então que a prefeita se dirigiu ao palco e solicitou que a Colo de Menina retomasse o show o que foi feito e os foliões puderam brincar até o final do carnaval 2010.

O Boicote que não Houve

Chegaram a levantar um hipotético boicote ao bloco Agitos-Cangaia por parte de Magno Barcelar e Danúbia. Ora, ambos são patrocinadores do bloco, se quisessem ou tivessem motivos pra isso, teriam deixado de patrocinar o bloco. Porque é muito difícil explicar alguém atrapalhando algo que apadrinhou financeiramente. Magno e Danúbia erraram ao atropelar a comissão organizadora, mas podem, com esta atitude, ter evitado um tumulto justamente no encerramento do carnaval.

A guerra de bandas tem a ver com a mesma concorrência comercial que contamina os dirigentes de blocos carnavalescos nestes períodos e acabaram por colocar os dirigentes municipais no fogo cruzado da fogueira das vaidades.
Foto de William Fernandes, Carnaval 2010, Praça Irineu Galvão

A Briga do Camarote

Durante o carnaval, dois acontecimentos envolvendo a prefeita Danúbia ganharam repercussão e viraram alvo de boatos.

O primeiro deles diz respeito a um desentendimento entre a prefeita e o advogado Erik Marinho nos camarotes, domingo à noite. Segundo apurou o blog, na verdade houve uma discussão entre o empresário Neném da Majovep e a prefeita. O incidente aconteceu quando o empresário supostamente convidou algumas personalidades políticas que estavam no camarote do advogado Aldy Júnior para visitar o camarote da prefeita, que ficava ao lado, para propor a prorrogação, sob custas do grupo, da festa que acontecia na Praça do Povo.

Presentes no camarote, além de Aldy Júnior, o deputado estadual Marcos Caldas, a empresária Ducilene e Erik Marinho. Aldy declinou do convite, achou melhor não ir até seus adversários naquele momento, o mesmo acontecendo com Marcos Caldas. Inicialmente, Ducilene teria concordado em ir, mas teria sido demovida da idéia por uma das pessoas presentes. Partiram, então, Neném e Erik, que foram recebidos amistosamente, mas sem muita empolgação por Magno e Danúbia.

No exato momento em que os dois chegam ao camarote a banda parava de tocar. Enquanto Magno conversava com Erik, Neném teria perguntado se a interrupção não teria ocorrido por falta de pagamento. A prefeita, já sem esconder certa irritação, explicou que o encerramento decorria em função do horário previamente acordado com a segurança pública. Após o episódio, Danúbia teria se afastado do grupo e, na seqüência, Neném haveria se referido a ela com xingamentos.

Neste momento, Danúbia teria partido para tomar satisfação com Neném, obrigando Magno e outras pessoas a intervirem para conter os ânimos. Neném e Erik foram retirados do local e o clima voltou à normalidade. Ouvido pelo blog, o advogado Erik Marinho informou que em momento algum tomou parte na discussão e que não restou nenhum constrangimento entre ele o casal de gestores e disse lamentar que um caso banal tivesse gerado tantos boatos.

Em tempo: sobre o outro fato, a confusão entre o som do palco da Praça e dos trios elétricos, falaremos mais tarde.

Foto de William Fernandes, do carnaval 2009 e meramente ilustrativa.

Chapadinha Sedia Encontro Sobre Cultura no Meio Rural

A Sociedade Maranhense de Direitos Humanos e o Ministério de Desenvolvimento Agrário, por meio da Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário, promovem uma Oficina de Cultura e Desenvolvimento territorial, no Território do Baixo Parnaíba.

De acordo com Vicente Carlos de Mesquita Neto , Presidente do Conselho Diretor da SMDH, a Oficina tem por objetivos: compartilhar experiências de cultura desenvolvidas no Estado e a sua inserção e ampliação nos processos fomentados pela estratégia de desenvolvimento territorial; construir estratégias e instrumentos de suporte a inserção do debate e prática de cultura nas dinâmicas de desenvolvimento dos territórios rurais e; identificar e promover ações mobilizadoras do potencial cultural das comunidades que habitam os territórios, no sentido da valorização da identidade regional por meio de articulações que estimulem a qualidade das relações humana e social do meio rural.

Parceiro da iniciativa, o Ministério de Desenvolvimento Agrário, representado por José Inácio Rodrigues (Delegado Federal do MDA) ressalta que a Oficina pretende estimular e fortalecer a articulação entre as entidades e organizações com vistas à construção de parcerias para construção de uma política de cultura para os territórios e abrir espaço para a discussão das estratégias e ações para inserção da cultura no processo de desenvolvimento territorial.

O evento acontece nos dias 23 e 24 de fevereiro, no Auditório do Hotel Creuza Lopes.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Começa o Ano Político

Passado o carnaval o ano político começa a todo vapor. Nas próximas horas iniciamos uma série de análises sobre a disputa eleitoral deste ano. Antes, porém, vamos tratar dos acontecimentos do período momesco que têm implicações políticas. Aguardem!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Projetos de Pesquisa do Campus de Chapadinha São Aprovados Pela Fapema



Por: Ivandro Coêlho, professor e jornalista.
Dos 134 projetos de pesquisa selecionados em edital universal da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), 16 são desenvolvidos por professores dos cursos de Agronomia, Zootecnia e Biologia do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais (CCAA) de Chapadinha. O resultado final da seleção foi divulgado na última sexta-feira, 05, e contempla trabalhos nas categorias A, B e C. Além da UFMA, foram classificados trabalhos de pesquisadores do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e Uniceuma.

Um dos trabalhos selecionados estuda a influência do metil jasmonato e ácido salicílico - que são hormônios de defesa - em folhas de pinhão manso. “Trata-se de um estudo de base, cujo objetivo é criar subsídios para a pesquisa em biotecnologia para criação de cultivares (plantas selecionadas) melhoradas para a produção de óleo nas sementes”, explicou a professora responsável pela pesquisa, Alexandra Martins dos Santos Soares (foto). Alexandra é graduada em Ciências Biológicas e possui mestrado em Biociências e Biotecnologia pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. Atualmente leciona no Campus de Chapadinha.

O projeto da Profª Alexandra Soares tem colaboradores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e UENF) Universidade Estadual do Norte Fluminense (RJ). De acordo com a professora, algumas empresas já estão desenvolvemdo pesquisa nessa área. A Embrapa Agroenergia unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, e a Associação Brasileira de Pesquisa em Pinhão-Manso, ABPPM, estão implantando unidades de observação - UO, para a obtenção de resultados da pesquisa com pinhão-manso em diferentes regiões do Brasil.

Excelência - Para o diretor do CCAA, professor Jocélio Araújo, o Campus de Chapadinha vem se destacando como um centro de excelência em pesquisa, apesar de ter sido implantado há apenas três anos. “Temos projetos aprovados pelo CNPQ, Banco do Nordeste, Finep e AGERP, o que comprova a produtividade e qualidade dos trabalhos desenvolvidos por nossos pesquisadores”, disse. Outro exemplo de excelência do Campus de Chapadinha é que o quadro de doutores do CCAA possui professores bolsistas de produtividade do CNPQ – uma espécie de bolsa concedida a pesquisadores que apresentam alta produção científica reconhecida nacionalmente.

Segundo Jocélio, o CCAA recentemente conseguiu aprovar um DINTER (Doutorado Iterinstitucional) entre a UFMA e a Unesp (Universidade Estadual Paulista), Campus de Jaboticabal. Com essa iniciativa, a perspectiva é de ampliar de 50 para 100% o número de professores com doutorado no CCAA (atualmente o Centro conta com 54 professores, sendo 27 mestres e 27 doutores). “Considerando a relação número de doutores/população, isso é um fato extraordinário, que nos coloca em destaque em comparação com as grandes universidades do Brasil”, comemora o diretor.

Além da professora Alexandra, foram selecionados projetos dos professores Alana das Chagas Ferreira Gullar, André Luiz Gomes da Silva, José Ribamar Torres, Lívio Martins Costa Júnior, Rosane Cláudia Rodrigues e Jorge Luís Silva Nunes (faixa A); Ana Paula Ribeiro de Jesus, Celso Yoji Kawabata, Francirose Shigaki, Jeferson Francisco Selbach, Regis Catarino da Hora, Taciana Galba da Silva Tenório (faixa B); Lucilene Amorim Silva, Ricardo Rodrigues dos Santos e Sinval Garcia Pereira (faixa C).

domingo, 7 de fevereiro de 2010

A Velha Elite Contra “O Filho do Brasil”


Por: LUIZ CARLOS BARRETO

Abertura do Festival de Brasília, 17/11/09, primeira exibição pública de “Lula, o Filho do Brasil”. Enquanto o filme se desenrolava na tela, já estava em curso o massacre político promovido por um exército de escribas, comentaristas políticos, colunistas sociais improvisados, ex-militantes políticos de aluguel, cientistas políticos de plantão convocados a se manifestar apenas do ponto de vista especulativo sobre seu potencial político-eleitoral, afirmando que a eleição presidencial de 2010 seria decidida a partir da força emocional do filme.


Além da ingenuidade infantil dessa tese (ou de sua má-fé?), o que eles questionavam era o nosso direito de fazer um filme sobre o assunto que escolhemos. Pode-se fazer filmes sobre Bush, Berlusconi ou Mitterrand pelo mundo afora, como tem acontecido. Pode-se fazer filmes sobre Getúlio, Juscelino, Tancredo, Jânio ou o empresário Boilesen. Mas sobre Luiz Inácio da Silva, não.


Há os que viram (mais de 800 mil pessoas), os que não viram ainda e os que viram, mas não quiseram ver o filme como um filme com todos os seus méritos e valores cinematográficos, como testemunharam e assinaram embaixo Ziraldo (”Uma história bem contada e bem filmada. Impossível não se comover”), Zuenir Ventura (”O filme mexe com a emoção e vai inundar os cinemas de lágrimas”) e Cacá Diegues (”A história de vida que esse filme conta com muita emoção nos ajuda a compreender melhor o valor da democracia, do direito de todos à liberdade e oportunidade”).


Falar dos méritos e eventuais deficiências desse filme de Fábio Barreto era uma obrigação dos críticos, e é claro que todo mundo tem direito de externar sua opinião, de gostar ou não gostar do filme que viu.


Mas, de tudo que li, poucos tiveram a honestidade intelectual e profissional de criticar o filme como uma obra cinematográfica, escolhendo contestar o direito que qualquer cineasta tem de fazer um filme sobre o assunto que bem entender. A maioria dos que escreveram sobre “Lula, o Filho do Brasil” preferiu este último caminho elitista, censor e autoritário.


Esse processo revela o espírito “patrulheiro” que ainda resta no Brasil como sequela do período autoritário da ditadura militar, quando Cacá Diegues denunciou as patrulhas ideológicas. O espanto é que, em pleno regime democrático que o Brasil vive e respira, haja lugar para esses procedimentos e expedientes antidemocráticos.


A democracia não é o regime que deve silenciar aqueles com os quais não concordamos, eliminá-los ou evitar que eles se manifestem. Na democracia, quando não estamos de acordo com alguma ideia que nos incomoda, produzimos a nossa para que haja um confronto livre entre as duas e a população possa escolher a sua alternativa. Mas os nossos detratores preferiram contestar nosso direito de realizar o filme, manifestando seu desejo antidemocrático de que esse filme jamais fosse feito ou exibido.


Toda a engenharia financeira foi montada às claras e de forma transparente. Desde a partida, decidimos não utilizar nenhuma forma de renúncia fiscal nem buscar o aporte de empresas estatais. Mesmo assim, levantaram-se dúvidas e insinuações de que estávamos utilizando recursos incentivados, acusações que serviam e serviram para provocar antipatia ética pelo filme, pondo em segundo plano suas qualidades cinematográficas.


Agora estamos reformulando algumas estratégias do lançamento comercial, que está iniciando sua sexta semana e já acumula mais de 800 mil espectadores, e sabemos que ainda resta muito chão pela frente, seja no sistema convencional de exibição em salas, seja no sistema alternativo de exibição, que vai levar o filme a uma grande parte de 90% dos municípios do Brasil que não têm cinema.


É lá no Brasil profundo, a preços populares e condizentes com o poder aquisitivo dessas populações, que iremos atingir o público alvo do filme: os Silvas deste país, que precisam e querem conhecer o exemplo de força, persistência e superação de Dona Lindu e seus oito filhos, exemplo que vai correr o mundo em telas de cinema, TV aberta, cabo, DVD e internet.


Nesse sentido, já temos estreias marcadas na Argentina, no Chile, no Uruguai e no Paraguai ainda neste primeiro semestre de 2010, e na Colômbia, no Peru, na Venezuela, no Equador, na Bolívia e no México no segundo semestre de 2010.


Qualquer mudança nessa trajetória do nosso pau de arara cinematográfico, informaremos, na certeza de que não vamos influir nas eleições de nenhum outro país. Queremos apenas ter o direito de contar e ver acompanhada pelo público uma história que julgamos relevante para a consolidação da autoestima de nosso povo, para a consolidação de nossa democracia e para o progresso do cinema brasileiro como um todo.

LUIZ CARLOS BARRETO, é produtor cinematográfico. Produziu, entre outros filmes, “Lula, o Filho do Brasil”, “Dona Flor e seus Dois Maridos” e “O que É Isso, Companheiro?”.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Polícia Militar: O TCO que Virou Ameaça


O que era para ser apenas uma corriqueira nota na crônica policial, acabou se transformando em um potencial problema político e institucional.

Conforme relata o site Local Notícias, “na noite do último domingo, um empresário da cidade, que teve seu nome preservado, foi detido nas proximidades do Posto Alvorada III após desacatar o sargento da PM, Venilson Sampaio Santos.

Segundo informações obtidas na delegacia, tudo começou quando a polícia foi acionada sobre um acidente nas imediações da Associação Cangaia, local onde acontecia uma festa. Abordado pelo policial, que solicitou a documentação dos motoristas envolvidos no acidente, o empresário, visivelmente embriagado, “esfregou” o referido documento no rosto do militar. O empresário negou-se, ainda, a diminuir o volume do som automotivo que estava acima do permitido.

O empresário foi enquadrado no artigo 331, do Código Penal Brasileiro, que caracteriza por infração de menor poder ofensivo. Em seguida, o mesmo foi encaminhado à delegacia onde foi lavrado um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO) e logo após, liberado."

O empresário em questão é o empreiteiro Cledvaldo Veras, dono Ferrame Box e Sócio da Construtora Majovep. Cledvaldo que prosperou nos dois anos do governo Jackson Lago e continua prestando serviços ao Estado, teve forte participação política no último pleito municipal, apoiando o candidato Levi Pontes (PDT).

As Versões
Enquanto os policiais afirmam que a prisão do empresário ocorreu por desacato. Cledvaldo argumenta que foi vítima de abuso de poder e que pretende mover ação contra os policiais, mais precisamente contra o Sargento Sampaio. Além da acusação de abuso de poder, outra mais grave foi levantada: o suposto furto de um notebook e 5 mil reais de dentro do carro do empresário no momento da abordagem. Na cidade, há rumores de que se tentava responsabilizar os militares pelo fato.

Em entrevista aos repórteres Luis Carlos Jr. e Jota Coutinho (Mirante Am), Cledvaldo afirmou ser vítima de abuso, negou que estivesse embriagado e denegou ainda, ter sido algemado como foi noticiado. Concluindo, confirmou o furto, mas afastou a participação dos policiais, especulando que meliantes teriam se aproveitado do tumulto para garfar seus pertences.

A Gravidade Institucional
Quanto ao desacato, qualquer pessoa pode vir a perder o controle emocional e praticá-lo. É delito de pequeno potencial ofensivo. No que toca ao abuso de poder, ele entra na categoria dos erros ou desvios reprováveis, mas inerentes ao exercício profissional de quem tem autoridade. Vale ressaltar – ainda que não se possa dizer que seja este o caso – que assim como médicos, jornalistas e advogados, os policiais também são passíveis de erro. Neste ponto, tanto a conduta do empresário quanto a dos militares serão apuradas a partir do relato das testemunhas do episódio.

Entretanto a gravidade institucional repousa na acusação, que ganhou as ruas, de que policiais teriam cometido furto. Especula-se ainda que determinado grupo político tenta, em represália, obter a transferência do Sargento Sampaio.

No momento em que observamos o esforço da Polícia Militar do Maranhão na profissionalização, escolha e qualificação de seus membros, a credibilidade desta instituição centenária é tristemente posta a mercê de boatos e comentários depreciativos.

Além disso, não se admite mais que o papel constitucional da força pública e o livre trabalho de polícia preventiva sejam tolhidos por ameaças de transferência e outras pressões políticas.

Contra desacato ou abuso de poder só há o caminho do devido processo legal para estabelecer a verdade e punir os responsáveis dentro da lei. O contrário disso é querer o retrocesso do “encabrestamento” da segurança pública por facção política seja ela qual for.

Lobão Compara Lula x FHC

Do repórter Cirilo Júnior, da Folha Online, reproduzo, abaixo matéria de ontem. Depois volto comentando.

O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) defendeu nesta quarta-feira que se faça comparações entre as realizações os governos Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso. Lobão disse que isso não é feito de má-fé, e sim para que o povo tenha a exata noção das razões pelas quais vem dando ao presidente Lula altos índices de aprovação.

Ele acrescentou que a exposição das obras feitas pelo atual governo servem para mostrar que Lula cumpriu "muito bem" seu papel.

"Há quem não goste que se faça comparações entre os últimos governos. Não fazemos de má-fé, e sim, para que se tenha noção das realizações do presidente Lula. O povo aprova o presidente Lula, e precisa ter nítidas as razões dessa aprovação", afirmou o ministro, em discurso na cerimônia de inauguração do gasoduto Cabiúnas-Reduc 3, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Lobão, senador pelo PMDB, criticou as privatizações feitas nos anos 90, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Lembrou do caso da Vale, cujo valor de mercado atual é muito superior ao da época em que a empresa foi privatizada. O ministro, que fez parte da base aliada do governo anterior, exaltou o fato de a Petrobras ainda ser uma empresa estatal.
"No período anterior, estatais foram privatizadas. Imaginem se a Petrobras tivesse sido? O que seria do nosso pré-sal?", disse.

Comento:

O ministro maranhense tá mais que certo quando fala que o momento é de comparação. Mas, devemos comparar esses dois importantes homens públicos brasileiros com relação à questão programática e de grupo partidário de ambos. Há uma diferença de cunho ideológico claro. Especialmente quanto ao trato das camadas menos favorecidas. Tanto que nos 8 anos do tucano 2 milhões pessoas tiveram evolução sócio-econômica contra 23 milhões de brasileiros que saíram da linha de pobreza nos 7 anos do petista. É por isso que a Ministra Dilma, preferida de Lula, cresce a cada dia.