terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Chapadinha e o Caso “Devolve, devolve”


O suposto envolvimento de um político chapadinhense no caso da compra de liminar e do posterior pedido de devolução da propina, episódio que expôs a promiscuidade de setores do judiciário do Maranhão, ainda tem grande repercussão em Chapadinha.

Segundo Décio Sá a personagem dessa história seria Isaías, já o site Colunão de Walter Rodrigues cita Magno Bacelar e, por último o Jornal Pequeno sugere a participação de um ex-prefeito da região de Itapecuru-Mirim.

A investigação sobre o caso está sob forte sigilo e os próprios jornalistas da capital confirmam a carência de informações precisas e a sensação de que os nomes e as circunstâncias exatas do fato não ficarão esclarecidas.

O ex-prefeito Magno já disse não ter nada com o assunto e que sequer conhece o magistrado alvo da denuncia. Além da declaração, a lógica colaboraria com Magno por não ter tido ele, ao fim de tudo, nenhum interesse contrariado por corte ou juiz algum. Como alguém poderia ficar descontente com resultado plenamente favorável?

Ex-prefeito ou ex-candidato?
Numa matéria publicada hoje o jornalista Walter Rodrigues (único nome a citar Magno) fala do caso nos seguintes termos: “Na sessão plenária e em declarações à imprensa, Bayma aludiu ao episódio em que um candidato a prefeito interpelara um juiz eleitoral, exigindo-lhe a devolução do dinheiro com que o teria subornado. Fato presenciado pelo procurador regional eleitoral, José Raimundo Leite Filho, que interviera recomendando: “Devolve, devolve”. Repare que o jornalista menciona um candidato como a parte que teria exigido a devolução que não é o caso de Magno que, em segundo mandato, não era e nem poderia ser candidato.

Pequena Geografia
Sobre “um ex-prefeito da região de Itapecuru-Mirim” na codificação do Jornal Pequeno, embora nos bastidores o nome recorrente seja de um “ex-prefeito e candidato da região do Baíxo-Parnaíba”, pode ser que mesmo sem que Itapecuru ou qualquer de seus vizinhos tenham pendências eleitorais algum político possa ter interesse em outro município. Ou, ainda, que a informação tenha saído suscetível pelo excesso de zelo governista ou por mera confusão geográfica.

O Rei do Baião
Noutro trecho da postagem de hoje o jornalista Walter Rodrigues inclui um magistrado na trama: “O Colunão identificou o juiz eleitoral Luiz Gonzaga, que reagiu requerendo que a matéria fosse retirada do blogue. O juiz Douglas Amorim concedeu a liminar pleiteada, estabelecendo a censura. Com algum atraso, Leite desmentiu, assegurando que, se tivesse visto a cena, prenderia o juiz e o candidato “em flagrante” e os encaminharia “ao procurador-geral da República”.

Como se vê a justiça deve se pronunciar primeiro sobre se o fato realmente ocorreu ou não. Mas, se confrontarmos as liminares do dia 18 de dezembro – a primeira que mandou diplomar Isaías; e a segunda que, horas depois, voltou atrás – comparando a parte satisfeita na primeira e frustrada na segunda liminar com a mesma autoridade judicial que as proferiu, teremos a certeza de que se for fofoca essa passagem que envergonha o Maranhão ela encaixa como luva em fatos notórios.

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